Embalagens inteligentes ainda são pouco conhecidas no Brasil, mas a tendência é que elas passem a ser mais usadas no nosso país. Leia o post e descubra por quê!

Você já comprou um produto alimentício com prazo dentro da validade, mas que por algum motivo – que pode, por exemplo, estar ligado às condições de armazenamento – já não estava bom para o consumo? Ou se frustrou ao comer uma fruta que parecia no ponto para ser consumida, mas não estava nada saborosa porque ainda não havia amadurecido o suficiente? Com as embalagens inteligentes (smart packagings, em inglês), esses e outros problemas deixam de existir!

 

Continue a leitura e saiba o que são, para que servem e quais os principais benefícios que este tipo de embalagem pode trazer para os consumidores e para a produção industrial brasileira, especialmente para o setor alimentício!

 

Embalagens inteligentes: o que são e para que servem?

As embalagens inteligentes são invólucros que contam com tecnologias capazes de informar as reais condições de um produto e do ambiente em que ele está. Elas conseguem indicar desde mudanças na luminosidade até informações quanto à qualidade de um alimento, como por exemplo, alterações que indicam o seu vencimento.

 

Porém, a tecnologia empregada nas embalagens inteligentes não é digital ou conectada à Internet. Boa parte delas usa sensores simples, como monitores químicos e de PH, que conseguem perceber a presença de umidade, gases e outros indicadores de qualidade presentes na atmosfera interna da embalagem.

 

Conforme as características dos produtos, as etiquetas mudam de cor, apontando se o alimento está apto para o consumo e até mesmo se uma fruta está no ponto certo de maturação. Além disso, as embalagens inteligentes possuem algumas propriedades que ajudam a manter carnes, frios, frutas e verduras mais frescos.

Embalagens inteligentes: vantagens para o setor industrial de alimentos e para os consumidores

As embalagens inteligentes vão além dos indicadores precisos de validade dos alimentos, fazendo com que o cliente final tenha uma experiência de consumo positiva, pois, ao oferecer dados exatos sobre os produtos, elas são também muito úteis para a indústria alimentícia como um todo, desde o armazenamento até a movimentação dos produtos.

 

Nos supermercados e outros pontos de venda, as embalagens inteligentes ajudam os varejistas a ter mais controle sobre o estoque, sabendo o momento ideal para os alimentos serem expostos na gôndolas. Isso garante a qualidade do produto para o consumidor final e, por outro lado, ajuda as empresas a evitar desperdícios, reduzindo seus custos.

 

Exemplos de embalagens inteligentes

Um exemplo de embalagem inteligente é a que utiliza o Ripesense, um sensor em forma de etiqueta que, ao ser integrado ao invólucro, consegue mostrar as fases de maturação de uma fruta. 

 

Isso é possível porque a etiqueta é sensível ao gás etileno, que com o passar do tempo é liberado pela fruta, fazendo com que essa etiqueta mude de cor conforme a quantidade de gás que há dentro da embalagem: um círculo vermelho indica que o alimento ainda está firme; se o círculo for rosado mostra que a fruta está mais ou menos madura e, se for amarelo, é sinal de que ela está completamente madura.

 

Outro exemplo de smart packagings é da marca australiana de protetor solar, Blue Lizard. O produto possui um frasco branco que fica azul quando exposto aos raios UV e funciona como um lembrete de que o produto deve ser usado.

 

O principal objetivo das embalagens inteligentes é conservar os alimentos, mas os seus benefícios vão além disso: por serem mais flexíveis e feitas de materiais biodegradáveis, elas consomem menos recursos naturais na sua fabricação, são recicláveis e também contribuem para a sustentabilidade do planeta.

 

Atualmente, as smart packagings não são tão conhecidas no Brasil quanto são em outros países, no entanto, esse é um mercado que vem crescendo muito. A previsão é que, neste ano de 2020, o setor de embalagens inteligentes atinja US$ 39,7 bilhões em valor de mercado.

 

Ou seja, a expectativa é de que a indústria brasileira comece a usá-las cada vez mais, já que as vantagens desse tipo de embalagem beneficiam tanto o consumidor final quanto as empresas e demais agentes envolvidos na cadeia produtiva, além do fato de serem mais sustentáveis.

 

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